quarta-feira, 1 de julho de 2009

A excelência do sector metalúrgico e metalomecânico

Embora o sector metalúrgico e metalomecânico seja o mais relevante da indústria transformadora em Portugal, é verdade que nem sempre lhe são reconhecidos os créditos que inegavelmente lhe são devidos.

Trata-se de um problema de imagem que a Direcção da AIMMAP considera fundamental resolver.

Tal matéria foi abordada pelo Presidente da Direcção da AIMMAP no editorial da edição n.º 182 da revista “TecnoMetal”.

Considerando a pertinência do assunto, transcreve-se nas linhas subsequentes o citado editorial.

"A imagem do sector metalúrgico e metalomecânico

Como tantas vezes tem sido referido, o sector metalúrgico e metalomecânico, não obstante seja actualmente o mais importante da indústria transformadora em Portugal, não beneficia da imagem que merece, junto dos poderes públicos e da própria comunidade em geral.
Esse é um défice que tem objectivamente prejudicado as nossas empresas, nomeadamente quando se trata de distribuir incentivos públicos.
E, mais importante ainda, que tem efeitos negativos na capacidade das nossas empresas em atraírem jovens que nas mesmas queiram trabalhar.
Não faz sentido que o sector que mais emprego cria em termos líquidos, que mais investimento continua a gerar - mesmo no actual momento adverso -, e que de uma forma mais acentuada contribui para as exportações portuguesas, continue a não ser devidamente reconhecido aos mais diversos níveis.
Há muito que a AIMMAP identificou este problema de falta de notoriedade e reconhecimento do sector como um handicap significativo para o seu desenvolvimento.
Nesse sentido, tem vindo a providenciar no intuito de alterar a situação, tendo vindo a insistir nos últimos anos na divulgação das virtualidades do sector em geral e na disseminação de alguns importantes casos de sucesso.
Esse trabalho tem vindo a merecer frutos que indiciam estarmos no bom caminho. Mas é importante contudo que os nossos esforços sejam incrementados.
Assim sendo, anunciamos que, para além da realização de um estudo sobre o sector, vamos implementar algumas acções bem concretas tendo em vista a melhoria da nossa imagem colectiva.
Estamos certos de que este trabalho nos irá levar a bom porto. Mas sublinhamos que precisaremos para esse efeito do apoio das nossas empresas.
Bem sabemos que, em termos estruturais, o nosso sector é maioritariamente composto por empresas que prezam a discrição e a simplicidade.
Sendo essas virtudes evidentes, temos porém de as saber dosear. Precisamos de nos abrir mais ao exterior, sem pudores e modéstias excessivas. E temos de mostrar à sociedade de uma forma mais evidente toda a nossa excelência.
Se estas são as regras do jogo, há que saber usá-las em nosso próprio proveito.
O Presidente da Direcção
António Saraiva"