segunda-feira, 13 de abril de 2015

Mais e melhor internacionalização

Como tem sido amplamente divulgado, o ano de 2014 foi o melhor ano de sempre para o setor metalúrgico e metalomecânico no que ao valor de exportações diz respeito.

O setor não só exportou mais como também registou um crescimento assinalável no número de empresas que se internacionalizaram.

Este facto resulta, em primeiro lugar, do esforço das empresas mas também de uma estratégia combinada de fatores, de que a contratação de quadros qualificados, a prospeção de oportunidades ou a incorporação constante de inovação nos processos e nos produtos, são exemplo.

Aníbal Campos, Presidente da AIMMAP destaca ainda no seu editorial da TECNOMETAL, o papel das entidades de suporte, CATIM e CENFIM em conjunto com a AIMMAP, na concretização desta estratégia. Estas entidades têm sido essenciais para a estratégia de internacionalização das empresas.

Veja aqui o editorial completo do Presidente da AIMMAP

"Consolidar a internacionalização do setor metalúrgico e metalomecânico

Os excelentes resultados das exportações do setor metalúrgico e metalomecânico em 2014 surpreenderam muito boa gente eventualmente menos atenta à trajetória ascendente das vendas ao exterior da nossa indústria ao longo dos anos anteriores.
Na verdade, o ano de 2014 foi no domínio das exportações o melhor de sempre deste setor. Tal como tem sido profusamente divulgado nos mais diversos órgãos de comunicação social, a indústria metalúrgica e metalomecânica nacional exportou cerca de 13,8 mil milhões de euros, o que representou um crescimento de 9,6% face ao ano anterior.
A questão que muitos têm formulado a esse respeito é a de saber se o setor tem condições para continuar a crescer nessa vertente das exportações. Pelo que importaria deixar aqui registado o entendimento da AIMMAP.
Ora, o ano que recentemente findou destacou-se não só pelo facto de o volume de exportações ter crescido como também pelo facto de ter aumentado o número de empresas exportadoras.
Esse maior número de exportadores é resultado em primeiro lugar do trabalho das próprias empresas, as quais têm procurado dotar-se cada vez mais dos instrumentos indispensáveis para competir nos mercados de exportação.
Nomeadamente, em primeiro lugar há a registar um trabalho mais eficaz na prospeção de oportunidades e de potenciais clientes.
Por outro lado, sublinha-se a aposta na contratação de colaboradores mais qualificados para trabalhar a vertente do comércio exterior.
E finalmente, há uma aposta cada vez mais consolidada na incorporação de inovação nos próprios produtos que as empresas disponibilizam ao mercado.
Mas para além do trabalho efetuado diretamente pelas próprias empresas, releva neste domínio o trabalho das entidades de suporte existentes no setor.
A AIMMAP enquanto associação, o CATIM enquanto centro tecnológico, o CENFIM enquanto centro de formação e a CERTIF enquanto entidade certificadora, são excelentes exemplos de um trabalho dedicado e competente em prol da internacionalização das empresas do setor.
Todas essas entidades, na área ou áreas para as quais se encontram mais vocacionadas, têm efetivamente contribuído de forma decisiva para que as empresas se sintam mais esclarecidas quando decidem apostar na internacionalização.
Todo este ambiente é pois absolutamente propício para que cada vez mais empresas neste setor possam triunfar nos mercados externos.
E por isso mesmo, respondendo à questão que acima reproduzimos, a nossa convicção é a de que, efetivamente, há todas as condições para que o volume de vendas ao exterior das nossas empresas continue a crescer.
Em todo o caso, para que isso suceda efetivamente, é absolutamente necessário que prossigamos o esforço notável que temos desenvolvido ao longo dos últimos anos.
Mais do nunca, continuam bem presentes os três eixos prioritários do programa de candidatura da lista que liderei aos órgãos sociais da AIMMAP há já cerca de 5 anos: internacionalização, inovação e formação.
Na verdade, o fortalecimento do nosso setor passa necessariamente, em primeiro lugar, pela consolidação do processo de internacionalização de um número crescente de empresas. Aliás, o sucesso dessas empresas exportadoras será igualmente o sucesso das inúmeras empresas que são suas fornecedoras.
Mas por outro lado, esse processo de internacionalização, mais do que nunca, tem de ser alicerçado numa robusta aposta na inovação e na formação e qualificação dos nossos recursos humanos.
Esse é o caminho que preconizamos. Estamos certos de que as nossas empresas também já o apreenderam. E continuaremos, em profunda articulação com o CATIM e o CENFIM, a proporcionar às empresas as melhores ferramentas para que esse caminho seja trilhado com êxito.
O Presidente da Direção
Aníbal Campos"